Poesias

QUANDO

Quando um sonho voa e ama
e na sua leveza não há sombra,
que sonho é esse que se abandona?

Quando um anjo sucumbe
e no seu pranto não há culpa,
que anjo é esse que se pune?

Quando um homem desespera
e na sua fome não há crime,
que homem é esse que ainda espera?

Quando um louco cava um poço
e na sua busca não há dor,
que louco é esse que busca um rosto?

Quando um desejo morre contrafeito
e na sua agonia não há jugo,
que desejo é esse que tece outro mais aceso?


23/08/2011

 

 

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