Poesias

NADA NA ALMA

Fera e fome
cada manhã
andam sempre sós.
Hálito de sal
bocas de prantos
coagulados.
Nas mesas tristes
nem pão ou vinho.
Há que servir o vazio
alimentar o sonho
com outro sonho roubado
nos inventos do coração.
Comer a eito e joio
migalhas e bugalhos
sombra na boca
E a vida a cumprir-se.
Nada na alma.
Tudo em vão.
Hoje, amanhã.
Depois de amanhã.

Paulo Roberto do Carmo
07/12/2016

 

 

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