Poesias
Dos infortúnios
O destino
quebra as pernas
não a quem o persegue,
mas a quem desanima e espera.
O tempo
apunhala as horas
não a quem tem uma asa quebrada,
mas a quem deixa de sonhar.
A culpa
martela o coração
não a quem tem contas com o passado,
mas a quem gastou sem conta o futuro.
A morte
cala tudo à mercê do escuro
não a quem deixa rastros de luta,
mas a quem se dobra aos deuses inventados.
09/11/2010